Na linha da Hipótese Psico-Social (ou Psicossocial), HPS, que busca explicar o Fenômeno Ufo (ou ao menos alguns aspectos) em determinados termos, um elemento surgiu subitamente enquanto lia uma crônica do escritor portoalegrense Augusto Meyer, diretor e grande impulsionador do Instituto Nacional do Livro, no Rio de Janeiro, durante os anos de 1940. A crônica se chama Cinema insônia, publicada em seu livro de memórias No Tempo da Flor (Edições O Cruzeiro, 1966). Nela, deparei-me com a menção a um personagem de um outro escritor, muito mais famoso, o francês Vitor Hugo (ilustração ao lado). Meyer menciona o personagem Jean Valjean, protagonista do maravilhoso Os Miseráveis, originalmente publicada em 1832.
Revolvendo minhas próprias memórias, veio-me todo o gosto da leitura de Os Miseráveis, feita já se vão uns 20 anos. Mas além do ambiente em que eu estava envolto naqueles tempos e as evocações que o livro produzia durante os vários dias que eu fiquei "grudado" no volumoso e gasto volume, outra associação me pinicava: o nome do personagem de Vitor Hugo: "Mas eu já ouvi isso de uma outra forma também", cismava...
Sim! Jan Val Ellam, o pseudônimo ou personagem ou persona mediúnica profetizador da volta de Cristo a bordo de naves gigantescas que se postariam na estratosfera terrestre em 2007, para a comoção mundial! Seria maravilhoso! Mas mostrou-se uma impostura e mais um elemento para desacreditar em tais profetices, que tanto (des)caracterizam a Ufologia. Claro que seguiu-se ao vexame, ao malogro acachapante da previsão, muitas explicações. Como já foi dito, “costumamos inventar histórias para nós mesmos para dormirmos em paz com nossas consciências atormentadas”.
Bem, mas a questão é a seguinte: a enorme semelhança entre as duas denominações dos personagens: “Jean Valjean”, de Vitor Hugo (autor nascido em 1802), e “Jan Val Ellam”, de Rogério de Almeida Freitas (1959). São somente algumas mudanças em letras. O som das palavras e configuração dos nomes nos leva a uma arrasadora conclusão: Trata-se de um processo de plágio. Claro que não necessariamente consciente ou deliberado, mas muito evidente. Vemos o quão humanizada é uma criatura concebida como extra-humana. Tanta semelhança não é um acaso, mesmo que não seja uma arbitrariedade planejada, como já foi dito. Dá um “efeito”, uma “credibilidade”, aproveitando-se de algo que já é do domínio coletivo.
Óbvio: também não faltará algum tipo de elaboração discursiva para “explicar” a “escolha” da denominação para o personagem, hoje caído em descrédito – e, para mim, definitivamente, embora a “vontade de acreditar”, como se refere o título e as falas de Fox Mulder em The X-Files: I Want to Believe, seja algo poderoso, arrebatador, que mantém muita gente apegada em quimeras, em improváveis utopias.
Jean Valjean é um personagem clássico e universal da literatura mundial. Protagonista de um romance que teve enorme sucesso desde a sua primeira publicação em 1862, foi (e ainda está sendo) adaptado para teatro (inclusive radionovelas), cinema, sendo objeto de incontáveis estudos, teses, documentários, artigos na imprensa, afora a abordagem nas aulas de literatura e cultura em escolas, cursos universitários, etc. Ou seja, Jean Valjean é uma denominação que “circula” e “atravessa” à cultura e sociedade humanas contemporâneas. E que foi “pescada” para dar lastro a um outro personagem, que acabou se ligando à massa de elementos que compõem a cultura ufológica brasileira e mundial dos últimos anos.
As denominações de seres extraterrestres foi tratada no excelente artigo OVNIs: A Hipótese Psicossocial, de Steven Novella. O autor observa: “É revelador que os aliens não só tenham nomes que soem humanos, mas que a maioria deles tenham nomes que soem europeus. (...) Ao revisar os nomes aliens listados, está bastante claro que eles seguem os estilos lingüísticos das culturas dos alegados contatados”. Assim, não estou falando nenhuma novidade. Com isso, entretanto, espero estar colaborando para que a advertência já tantas vezes feita seja reforçada: Paremos, como ufólogos e simpatizantes da ufologia, de nos auto-implodir, nos auto-sabotar com idéias e posturas de uma apocalípticas que rotineiramente se revelam estultices de crentões descolados de evidências repetidas: o mundo não vai acabar e mudar tão cedo assim. Tenhamos tranquilidade e que o bom e velho ceticismo nos guie e guarde do ridículo...
***No site do Projeto Orbum é dito que “Jan Val Ellam é o pseudônimo de Rogério de Almeida Freitas. A escolha do pseudônimo deve-se a nomes que expressam páginas do passado espiritual do autor terreno das obras (...). Durante uma entrevista, perguntaram-lhe por que não dizia ser ele mesmo o autor de seus livros? Resposta: ‘poderia dizer simplesmente que sou eu mesmo o real autor disso tudo, mas, estaria faltando com a verdade. Na hora em que tento explicá-la, complico mais ainda a história, pois tenho que me referir aos reais autores intelectuais, ou seja, espíritos desencarnados e extraterrestres (...)’." Em http://orbum.org/index.php?option=com_content&view=article&id=5&Itemid=6
***Pra quem quiser detalhes sobre o romance e o personagem, segue abaixo alguns dados retirados da Wikipédia. Recomendo que leiam todo o artigo em http://pt.wikipedia.org/wiki/Les_Mis%C3%A9rables
Os Miseráveis
Os Miseráveis (Les misérables) é uma das principais obras escritas pelo escritor francês Victor Hugo, publicada em 3 de abril de 1862 simultaneamente em Leipzig, Bruxelas, Budapeste, Milão, Roterdã, Varsóvia, Rio de Janeiro e Paris, nesta última cidade foram vendidos 7 mil exemplares em 24 horas. Victor Hugo é também autor de Os Trabalhadores do mar e O Corcunda de Notre Dame, entre outras obras.
O romance narra a situação política e social francesa no período da Insurreição Democrática ou Revolução de 1830, em 5 de junho de 1832, no reinado de Luís Filipe I de França, através da história de Jean Valjean.
Jean Valjean
Jean Valjean (também conhecido como Monsieur Madeleine e Ultime Fauchelevent) é um homem pobre (antes jardineiro e lavrador), um tanto rude e ignorante, mas de bom coração. Seus pais morreram quando ainda era uma criança (seu pai caiu de uma árvore e sua mãe morreu de uma febre), o que fez com que sua irmã mais velha cuidasse dele. Quando o cunhado morre, assume o cuidado da família da irmã. A família vive miseravelmente, mesmo trabalhando dia e noite. Como os sobrinhos passam fome, Jean Valjean rouba uma padaria para alimentá-los, mas é preso. Assim, é condenado a 5 anos de prisão por roubar um pedaço de pão (pena agravada por possuir uma arma de caça), que acabam se convertendo em 19 anos de prisão, devido as sucessivas tentativas de fuga. Na prisão, revolta-se contra a sociedade que lhe puniu tão gravemente por uma pena tão pequena e planeja vingança contra esta, tornando-se um homem mau e duro. Para tal empresa, aprende a ler, a escrever e a calcular. Ao sair das galés, em liberdade condicional, percebe que nunca será aceito na sociedade. Rejeitado como ex-prisioneiro o Bispo Myriel muda o rumo de sua vida. Assume então uma nova identidade para seguir uma vida honesta. Através de bondade, esforço e inteligência, torna-se um industrial, acumula fortuna e torna-se maire. Em busca de resignação por dua vida passada, e através da influência que a impressão do Bispo lhe traz, torna-se extrememnte caridoso, bom e simples, mesmo possuindo muito dinheiro. Adota e cria a filha de Fantine, Cosette, como se fosse sua própria filha. Morre velho, com mais de 80 anos.
***Na Wikipédia há também um artigo sobre Jan Val Ellan, que me pareceu muito interessante (http://pt.wikipedia.org/wiki/Jan_Val_Ellam), embora esteja indicado que faltam maiores referências sobre fontes que embasem o texto.
Jan Val Ellam
Jan Val Ellam é o pseudônimo usado pelo escritor natalense Rogério de Almeida Freitas (1959-) para escrever sobre pontos de convergência entre o pensamento cristão, a doutrina de Allan Kardec e pesquisas relacionadas à ufologia, no bojo do discurso do espiritualismo universalista e da cidadania planetária.
***Segue abaixo a parte do artigo onde é mencionado aspectos sobre a denominações dos aliens: OVNIs: A Hipótese Psicossocial, de Steven Novella, MD – em The New England Journal of Skepticism, vol., 3 nº 4 (2000):
(...) Os aliens às vezes têm até nomes. Nomes alienígenas deveriam ser alienígenas, e provavelmente não se assemelhariam a nenhuma língua humana. Alguns dos nomes listados são obviamente traduções ao inglês, mas a maioria dos outros são simplesmente nomes. É revelador que os aliens não só tenham nomes que soem humanos, mas que a maioria deles tenham nomes que soem europeus. Ainda, aqueles encontrados por pessoas de culturas hispânicas têm nomes que soam hispânicos. Eles nem mesmo são tão diferentes da estrutura fonética européia quanto os nomes de humanos de outras culturas, como a asiática ou africana. Nomes verdadeiramente aliens deveriam ser mais diferentes de qualquer idioma humano que quaisquer dois idiomas humanos são um do outro.
Para analisar isto um pouco mais, todos os idiomas têm uma certa estrutura fonética, consoantes que são mais comuns que outras, uma certa relação de consoantes para vogais, fonemas únicos, inflexões características e colocação de sílabas tônicas. Estes elementos compõem o caráter de um idioma, como o idioma soa ao ouvido. Por isso é possível e até mesmo fácil reconhecer um idioma que alguém esteja imitando mesmo que esteja falando baboseira e inventando palavras.
Escritores de ficção especulativa (ficção científica e fantasia) às vezes encaram o desafio de inventar culturas alienígenas, incluindo idiomas. Uma das armadilhas desta empreitada é dar nomes aos aliens que sigam as características lingüísticas de sua língua nativa (como Xenu, o Senhor alienígena inventado pelo escritor de ficção científica L. Ron Hubbard para sua religião fabricada, a Cientologia). Escritores experientes tentarão manipular os elementos específicos do idioma para criar nomes com um som genuinamente alienígena. O preço de não fazer isto será criar nomes que soam tolos com um aspecto caipira de ficção científica dos anos 50 ("Klaatu Barada Nikto"). Ao revisar os nomes aliens listados, está bastante claro que eles seguem os estilos lingüísticos das culturas dos alegados contatados. Até hoje, nenhum idioma ou nome verdadeiramente alien resultou de um alegado contato alienígena. Novamente, nós vemos uma falta de descontinuidade e a influência de antecedentes culturais. (...)
Revolvendo minhas próprias memórias, veio-me todo o gosto da leitura de Os Miseráveis, feita já se vão uns 20 anos. Mas além do ambiente em que eu estava envolto naqueles tempos e as evocações que o livro produzia durante os vários dias que eu fiquei "grudado" no volumoso e gasto volume, outra associação me pinicava: o nome do personagem de Vitor Hugo: "Mas eu já ouvi isso de uma outra forma também", cismava...
Sim! Jan Val Ellam, o pseudônimo ou personagem ou persona mediúnica profetizador da volta de Cristo a bordo de naves gigantescas que se postariam na estratosfera terrestre em 2007, para a comoção mundial! Seria maravilhoso! Mas mostrou-se uma impostura e mais um elemento para desacreditar em tais profetices, que tanto (des)caracterizam a Ufologia. Claro que seguiu-se ao vexame, ao malogro acachapante da previsão, muitas explicações. Como já foi dito, “costumamos inventar histórias para nós mesmos para dormirmos em paz com nossas consciências atormentadas”.
Bem, mas a questão é a seguinte: a enorme semelhança entre as duas denominações dos personagens: “Jean Valjean”, de Vitor Hugo (autor nascido em 1802), e “Jan Val Ellam”, de Rogério de Almeida Freitas (1959). São somente algumas mudanças em letras. O som das palavras e configuração dos nomes nos leva a uma arrasadora conclusão: Trata-se de um processo de plágio. Claro que não necessariamente consciente ou deliberado, mas muito evidente. Vemos o quão humanizada é uma criatura concebida como extra-humana. Tanta semelhança não é um acaso, mesmo que não seja uma arbitrariedade planejada, como já foi dito. Dá um “efeito”, uma “credibilidade”, aproveitando-se de algo que já é do domínio coletivo.
Óbvio: também não faltará algum tipo de elaboração discursiva para “explicar” a “escolha” da denominação para o personagem, hoje caído em descrédito – e, para mim, definitivamente, embora a “vontade de acreditar”, como se refere o título e as falas de Fox Mulder em The X-Files: I Want to Believe, seja algo poderoso, arrebatador, que mantém muita gente apegada em quimeras, em improváveis utopias.
Jean Valjean é um personagem clássico e universal da literatura mundial. Protagonista de um romance que teve enorme sucesso desde a sua primeira publicação em 1862, foi (e ainda está sendo) adaptado para teatro (inclusive radionovelas), cinema, sendo objeto de incontáveis estudos, teses, documentários, artigos na imprensa, afora a abordagem nas aulas de literatura e cultura em escolas, cursos universitários, etc. Ou seja, Jean Valjean é uma denominação que “circula” e “atravessa” à cultura e sociedade humanas contemporâneas. E que foi “pescada” para dar lastro a um outro personagem, que acabou se ligando à massa de elementos que compõem a cultura ufológica brasileira e mundial dos últimos anos.
As denominações de seres extraterrestres foi tratada no excelente artigo OVNIs: A Hipótese Psicossocial, de Steven Novella. O autor observa: “É revelador que os aliens não só tenham nomes que soem humanos, mas que a maioria deles tenham nomes que soem europeus. (...) Ao revisar os nomes aliens listados, está bastante claro que eles seguem os estilos lingüísticos das culturas dos alegados contatados”. Assim, não estou falando nenhuma novidade. Com isso, entretanto, espero estar colaborando para que a advertência já tantas vezes feita seja reforçada: Paremos, como ufólogos e simpatizantes da ufologia, de nos auto-implodir, nos auto-sabotar com idéias e posturas de uma apocalípticas que rotineiramente se revelam estultices de crentões descolados de evidências repetidas: o mundo não vai acabar e mudar tão cedo assim. Tenhamos tranquilidade e que o bom e velho ceticismo nos guie e guarde do ridículo...
***No site do Projeto Orbum é dito que “Jan Val Ellam é o pseudônimo de Rogério de Almeida Freitas. A escolha do pseudônimo deve-se a nomes que expressam páginas do passado espiritual do autor terreno das obras (...). Durante uma entrevista, perguntaram-lhe por que não dizia ser ele mesmo o autor de seus livros? Resposta: ‘poderia dizer simplesmente que sou eu mesmo o real autor disso tudo, mas, estaria faltando com a verdade. Na hora em que tento explicá-la, complico mais ainda a história, pois tenho que me referir aos reais autores intelectuais, ou seja, espíritos desencarnados e extraterrestres (...)’." Em http://orbum.org/index.php?option=com_content&view=article&id=5&Itemid=6
***Pra quem quiser detalhes sobre o romance e o personagem, segue abaixo alguns dados retirados da Wikipédia. Recomendo que leiam todo o artigo em http://pt.wikipedia.org/wiki/Les_Mis%C3%A9rables
Os Miseráveis
Os Miseráveis (Les misérables) é uma das principais obras escritas pelo escritor francês Victor Hugo, publicada em 3 de abril de 1862 simultaneamente em Leipzig, Bruxelas, Budapeste, Milão, Roterdã, Varsóvia, Rio de Janeiro e Paris, nesta última cidade foram vendidos 7 mil exemplares em 24 horas. Victor Hugo é também autor de Os Trabalhadores do mar e O Corcunda de Notre Dame, entre outras obras.
O romance narra a situação política e social francesa no período da Insurreição Democrática ou Revolução de 1830, em 5 de junho de 1832, no reinado de Luís Filipe I de França, através da história de Jean Valjean.
Jean Valjean
Jean Valjean (também conhecido como Monsieur Madeleine e Ultime Fauchelevent) é um homem pobre (antes jardineiro e lavrador), um tanto rude e ignorante, mas de bom coração. Seus pais morreram quando ainda era uma criança (seu pai caiu de uma árvore e sua mãe morreu de uma febre), o que fez com que sua irmã mais velha cuidasse dele. Quando o cunhado morre, assume o cuidado da família da irmã. A família vive miseravelmente, mesmo trabalhando dia e noite. Como os sobrinhos passam fome, Jean Valjean rouba uma padaria para alimentá-los, mas é preso. Assim, é condenado a 5 anos de prisão por roubar um pedaço de pão (pena agravada por possuir uma arma de caça), que acabam se convertendo em 19 anos de prisão, devido as sucessivas tentativas de fuga. Na prisão, revolta-se contra a sociedade que lhe puniu tão gravemente por uma pena tão pequena e planeja vingança contra esta, tornando-se um homem mau e duro. Para tal empresa, aprende a ler, a escrever e a calcular. Ao sair das galés, em liberdade condicional, percebe que nunca será aceito na sociedade. Rejeitado como ex-prisioneiro o Bispo Myriel muda o rumo de sua vida. Assume então uma nova identidade para seguir uma vida honesta. Através de bondade, esforço e inteligência, torna-se um industrial, acumula fortuna e torna-se maire. Em busca de resignação por dua vida passada, e através da influência que a impressão do Bispo lhe traz, torna-se extrememnte caridoso, bom e simples, mesmo possuindo muito dinheiro. Adota e cria a filha de Fantine, Cosette, como se fosse sua própria filha. Morre velho, com mais de 80 anos.
***Na Wikipédia há também um artigo sobre Jan Val Ellan, que me pareceu muito interessante (http://pt.wikipedia.org/wiki/Jan_Val_Ellam), embora esteja indicado que faltam maiores referências sobre fontes que embasem o texto.
Jan Val Ellam
Jan Val Ellam é o pseudônimo usado pelo escritor natalense Rogério de Almeida Freitas (1959-) para escrever sobre pontos de convergência entre o pensamento cristão, a doutrina de Allan Kardec e pesquisas relacionadas à ufologia, no bojo do discurso do espiritualismo universalista e da cidadania planetária.
***Segue abaixo a parte do artigo onde é mencionado aspectos sobre a denominações dos aliens: OVNIs: A Hipótese Psicossocial, de Steven Novella, MD – em The New England Journal of Skepticism, vol., 3 nº 4 (2000):
(...) Os aliens às vezes têm até nomes. Nomes alienígenas deveriam ser alienígenas, e provavelmente não se assemelhariam a nenhuma língua humana. Alguns dos nomes listados são obviamente traduções ao inglês, mas a maioria dos outros são simplesmente nomes. É revelador que os aliens não só tenham nomes que soem humanos, mas que a maioria deles tenham nomes que soem europeus. Ainda, aqueles encontrados por pessoas de culturas hispânicas têm nomes que soam hispânicos. Eles nem mesmo são tão diferentes da estrutura fonética européia quanto os nomes de humanos de outras culturas, como a asiática ou africana. Nomes verdadeiramente aliens deveriam ser mais diferentes de qualquer idioma humano que quaisquer dois idiomas humanos são um do outro.
Para analisar isto um pouco mais, todos os idiomas têm uma certa estrutura fonética, consoantes que são mais comuns que outras, uma certa relação de consoantes para vogais, fonemas únicos, inflexões características e colocação de sílabas tônicas. Estes elementos compõem o caráter de um idioma, como o idioma soa ao ouvido. Por isso é possível e até mesmo fácil reconhecer um idioma que alguém esteja imitando mesmo que esteja falando baboseira e inventando palavras.
Escritores de ficção especulativa (ficção científica e fantasia) às vezes encaram o desafio de inventar culturas alienígenas, incluindo idiomas. Uma das armadilhas desta empreitada é dar nomes aos aliens que sigam as características lingüísticas de sua língua nativa (como Xenu, o Senhor alienígena inventado pelo escritor de ficção científica L. Ron Hubbard para sua religião fabricada, a Cientologia). Escritores experientes tentarão manipular os elementos específicos do idioma para criar nomes com um som genuinamente alienígena. O preço de não fazer isto será criar nomes que soam tolos com um aspecto caipira de ficção científica dos anos 50 ("Klaatu Barada Nikto"). Ao revisar os nomes aliens listados, está bastante claro que eles seguem os estilos lingüísticos das culturas dos alegados contatados. Até hoje, nenhum idioma ou nome verdadeiramente alien resultou de um alegado contato alienígena. Novamente, nós vemos uma falta de descontinuidade e a influência de antecedentes culturais. (...)
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