9 de mai. de 2010
E o governo salvou a poderosa GM com 50 bilhões de dólares - mas não pode ter Bolsa Família para os lascados!
Para os radicais do liberalismo, trata-se de uma afronta à ideologia da não interferência do estado na economia. Embora o discurso tenha muito de contraditório. Em algumas circunstâncias, esse pessoal abre exceções – normalmente quando beneficia – ou, no caso, salva da bancarrota – estruturas fundantes do capitalismo, da plutocracia, como está dizendo a população grega, revoltada com as medidas de arroxo radical que sofrerá na carne, exigindo que essa elite dirigente e super-beneficiária – os plutocratas – pague a conta com seus acúmulos e apostas irresponsáveis.
Um exemplo da contradição é em relação ao programa Bolsa Família e similares. Para os lascados, nada de “dar grana”, mesmo que isso se prove um mecanismo assistencial que promove a superação da miserabilidade, com amplos benefícios para todo o país. Comparando, é um recurso ínfimo o que recebem essas famílias em relação ao que vai para os cofres de muitas empresas e empresários...
E antes que venham com aquilo de “nós pagamos impostos astronômicos”, não dá pra esquecer que TODOS são taxados e, além de comprovadamente os pobres pagarem mais impostos, TODOS, de alguma forma, trabalham na geração das riquezas do país.
Olha o trecho do Daniel Dias na coluna Autoestrada do caderno Sobre Rodas, em Zero Hora de 06 de maio:
Uma recuperação importante
De maior montadora do mundo, a General Motors norte-americana quase faliu quando a crise econômica por pouco não engoliu a indústria automobilística nos Estados Unidos em 2008. Precisou a intervenção de Barack Obama, com US$ 50 bilhões, para salvar a gigante. Ao lado do controle do governo, veio a nova GM, enxugada nos gastos e tendo como principal foco o consumidor interno.
Agora a montadora comemora a subida de 6,4% nas vendas do mês passado na comparação anual. A notícia não é só boa para a GM, é boa para todo mundo [que lucra com a fabricação de automóveis]. (...)
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3 comentários:
Sim... E os beneficiados com o bolsa família acabam por fazer girar as economias locais, em especial o comércio, comprando um mínimo de alimentos para se manterem de pé...
Claro... há quem diga que seria melhor se livrar logo dessa gente inconveniente. Que tal deixá-los morrer à míngua, como acontecia antes?
Te indiquei para o Premio Dardos. http://casadebotellasdepet.blogspot.com/2010/11/premio-dardos.html
Beijo! Veronica
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