Li rápido e achei que há coisas legais ali, caro Marcelo. Mas este termo "O Criador", em (talvez) substituição a "O Deus", cai em duas situações em que meus preconceitos formigam deveras: (I) trata-se de uma expressão masculina (por que o autor não usa "A Criadora"???) e (II) insere-se numa visão que existe UM ser ou força criadora tão somente... Por que isso, tchê? Que coisa é essa de UNIDADE? Por que não pode ser algo poli/maxi/hiper/mega/difuso? Sei que a Cabala tem a ver com o esoterismo israelita; talvez venha daí esses dois elementos cretinos da nossa "cultura ocidental", que posso fundir na expressão "machismo monoteísta" - O Todo Grande Falo Dominador que criou o céu e a terra. Sei que, como estratégia mental, fazer aquelas elucubrações, a fim de absorver negativismos e ficar-se tranquilito com o nosso futuro e passado, nisto as propostas do texto podem ser boas. Mas eu não quero engolir qualquer argumentação/discursso/profissão de fé etc. que não seja transmutada pelo meu próprio ser ideologicamente cambaleante, duvidoso e frágil, mas sedento de epifanias. Hoje, talvez, a linha que me parece mais interessante para se compreender e vivenciar o mundo é algo próximo ao zen budismo (nada de budismo tibetano, com seu ritualismo, panteão e hierarquia tão carnavalesca e opressiva quanto a comandada pelo Bento 16), onde não há deidades a se cultuar, tão somente uma atitude de contemplação, paciência, compaixão e absorção transracional de tudo que nos cerca.
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O texto em referência é o seguinte (reproduzo só os 3 parágrafos iniciais):
A Atitude – O trabalho espiritual
por Michael R. Kellogg
Todos os dias, passamos por dezenas ou centenas de situações com as quais podemos não concordar de uma maneira ou outra. Nós podemos acordar ao lado de um cônjuge resmungão, ter ao lado uma pessoa que nos incomoda durante a viajem diária ao trabalho, problemas com o chefe ou com um projeto; a lista é interminável.
No entanto, a grande maioria destas experiências negativas quase nem nos afeta e nem sequer perdemos um segundo do nosso pensamento com elas. Quase nem se nota o menor dos acontecimentos. Se nos sentimos incômodos na cadeira ou nos afogamos com um copo de água, fazemos uma careta, nos acomodamos e continuamos com as nossas atividades.
Porém, cada um desses acontecimentos negativos nos dá uma oportunidade para preparar o trabalho espiritual. É assim porque a espiritualidade tem tudo a ver com a nossa atitude em relação ao Criador. Nos disseram que há dois fatos fundamentais. Em primeiro lugar, “Não existe ninguém mais além Dele”, o que significa que não existe nenhuma outra força no mundo que não seja o Criador, e Ele é a força motriz que está atrás de cada ato. (...)
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O texto em referência é o seguinte (reproduzo só os 3 parágrafos iniciais):
A Atitude – O trabalho espiritual
por Michael R. Kellogg
Todos os dias, passamos por dezenas ou centenas de situações com as quais podemos não concordar de uma maneira ou outra. Nós podemos acordar ao lado de um cônjuge resmungão, ter ao lado uma pessoa que nos incomoda durante a viajem diária ao trabalho, problemas com o chefe ou com um projeto; a lista é interminável.
No entanto, a grande maioria destas experiências negativas quase nem nos afeta e nem sequer perdemos um segundo do nosso pensamento com elas. Quase nem se nota o menor dos acontecimentos. Se nos sentimos incômodos na cadeira ou nos afogamos com um copo de água, fazemos uma careta, nos acomodamos e continuamos com as nossas atividades.
Porém, cada um desses acontecimentos negativos nos dá uma oportunidade para preparar o trabalho espiritual. É assim porque a espiritualidade tem tudo a ver com a nossa atitude em relação ao Criador. Nos disseram que há dois fatos fundamentais. Em primeiro lugar, “Não existe ninguém mais além Dele”, o que significa que não existe nenhuma outra força no mundo que não seja o Criador, e Ele é a força motriz que está atrás de cada ato. (...)
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