Dias desses eu li na coluna Almanaque Gaúcho, de Olyr Zavaschi, publicada diariamente (menos domingo) em Zero Hora, um pequeno artigo “A milenária polenta” (p. 54, 23/05/2009). Pois este alimento – tão associado ao imigrante italiano no Rio Grande do Sul – sintetiza múltiplas e antiquíssimas influências – vejam só! – asiáticas, européias e americanas, ou seja, muito além da Itália e das zonas de colonização itálicas em solo gaúcho. Assim, um símbolo distintivo de uma etnia, carrega, na verdade, aquilo que todos somos: seres culturalmente híbridos desde sempre, não havendo existência real de purismos, fechamentos e exclusividades.
Anota Zavaschi que “a palavra como hoje é usada chegou à península Itálica com os hunos. O termo caucásico pulint (que se pronuncia pulent) foi trazido para o Ocidente com as tropas de Átila, no século 4º. Com a descoberta [?] da América e a introdução do e de sua farinha na Europa, a polenta ganhou um ingrediente fundamental. Foi assim, feita de farinha de milho, com herança asiática e ingredientes pré-colombianos, que ela embarcou nos navios da imigração no fim do século 19.”
O colunista finaliza dizendo: “Antes da vinda dos italianos, já se consumia no Brasil um produto assemelhada, o angu, que provavelmente tenha origem na papa de milho, consumida na Ilha da Madeira.”
A mesma coisa com a cuca, por exemplo, bolo típico das regiões e grupos com colonização germânica aqui no Rio Grande do Sul. Muitas influência e história se consubstanciam naquela delícia, com é o caso das coberturas tão tropicais – abacaxi, banana e o coco; ou ameríndias – o amendoim e o chocolate... Nas proprias comunidades massivamente formadas por descendentes de imigrantes da região que hoje é a Alemanha, come-se a cuca acompanhado de uma beberagem do povo guarani, o chimarrão, feito da nativa Ilex Paraguariense, a erva-mate.
Anota Zavaschi que “a palavra como hoje é usada chegou à península Itálica com os hunos. O termo caucásico pulint (que se pronuncia pulent) foi trazido para o Ocidente com as tropas de Átila, no século 4º. Com a descoberta [?] da América e a introdução do e de sua farinha na Europa, a polenta ganhou um ingrediente fundamental. Foi assim, feita de farinha de milho, com herança asiática e ingredientes pré-colombianos, que ela embarcou nos navios da imigração no fim do século 19.”
O colunista finaliza dizendo: “Antes da vinda dos italianos, já se consumia no Brasil um produto assemelhada, o angu, que provavelmente tenha origem na papa de milho, consumida na Ilha da Madeira.”
A mesma coisa com a cuca, por exemplo, bolo típico das regiões e grupos com colonização germânica aqui no Rio Grande do Sul. Muitas influência e história se consubstanciam naquela delícia, com é o caso das coberturas tão tropicais – abacaxi, banana e o coco; ou ameríndias – o amendoim e o chocolate... Nas proprias comunidades massivamente formadas por descendentes de imigrantes da região que hoje é a Alemanha, come-se a cuca acompanhado de uma beberagem do povo guarani, o chimarrão, feito da nativa Ilex Paraguariense, a erva-mate.
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