22 de mar. de 2011

Loteamentos em Linha Santa Cruz


Empreiteiras, agentes imobiliários, proprietários de terras, lojas de materiais de construção, entre outros, estão ganhando um bom dinheiro com os loteamentos em Linha Santa Cruz. A cada mês, surge um novo ou uma nova expansão de terrenos.

Mas me pergunto: e a infra-estrutura urbana e cuidados ambientais para tudo isso? Onde ficam? Não vejo muita coisa – eu que sou morador do bairro...

Só para citar algo evidente: a atrofia na via principal de acesso ao bairro. Filas de carros esperam para atravessar na ida e na vinda no “Trevo do Fritz e da Frida” em horários de pico. Como ficará daqui um ano, com a vinda de mais centenas de famílias e seus veículos? Intransitável.

E coisas que nem aparecem muito? Será que um eficiente sistema de esgoto e seu tratamento está sendo providenciado? Vamos poluir o solo e mananciais de água da região, mesmo sabendo de todas as implicações na saúde pública, bem estar e manutenção do equilíbrio ecossistêmico?

Áreas públicas de lazer? Existem? Não, não há área alguma para isso! Nem um mísera pracinha... Tudo isso em uma região rica em possibilidades, onde parques de uso comunitário e preservação da flora e fauna poderia ser exemplo de sociabilidade e convivência mais harmônica entre humanos e seu entorno natural.

Onde estão as responsabilidades, os “ônus” para tantos “bônus”? Não se pode pensar só em ganhar o dinheiro; oferecer terrenos e casas sem prever as consequências de uma migração populacional substancial para uma área sem uma infra-estrutura adequada tem somente um nome, já que alegar ignorância não passa de cretinice: irresponsabilidade. Os órgãos competentes precisam exigir e fiscalizar, para que depois a coisa não estoure e, mais uma vez, os contribuintes tenham que arcar com a prevaricação, imprevidência e ganância de uns – além de prejuízos futuros irremediáveis.

***Enquanto escrevo isso, ouço as máquinas abrindo ruas e definindo lotes numa antiga área rural, onde ainda restam nesgas de mata nativa e se adivinham onde estavam o potreiro e as lavouras.

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