Uma das mensagens de fim de ano que deixei a uns amigos numa lista. Vai mais pelo poema do Quintana, que copiei do livro Mario Quintana: Poeta Gaúcho e Universal (2007), um ensaio muito bom analisando poemas em conjunto com sua biografia, escrita por outro poeta (e professor afamado), Armindo Trevisan.
Na foto, o poeta, nos anos 1990, pousa no quarto do seu hotel em seu trabalho criativo.
Segue a mensagenzita e o poema:
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Belezura! A toda comunidade, desejos que 2010, "O ano em que faremos contato", xege um baita ano - e que avancemos em nossas qualificações para fazer das nossas existências uma obra à altura do belíssimo - até pelo seu intrasponível significado - mistério que nos envolve (contem e é contido), mesmo que às vezes toldado por tantas picuinhas que nos deprimem e nos fazem desperdiçar a preciosidade fugaz de cada momento.
Abraços do velho bardo da meia tigela,
vosso servo,
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Belezura! A toda comunidade, desejos que 2010, "O ano em que faremos contato", xege um baita ano - e que avancemos em nossas qualificações para fazer das nossas existências uma obra à altura do belíssimo - até pelo seu intrasponível significado - mistério que nos envolve (contem e é contido), mesmo que às vezes toldado por tantas picuinhas que nos deprimem e nos fazem desperdiçar a preciosidade fugaz de cada momento.
Abraços do velho bardo da meia tigela,
vosso servo,
I.
***E aproveitando clima de melancolia natalino, vai um poema do Mário, aquele, o Quintana:
Recordo ainda... E nada mais importa...
Aqueles dias de luz tão mansa
Que me deixavam, sempre, de lembrança,
Algum brinquedo novo à minha porta...
Mas veio um vento de Desesperança
Soprando cinzas pela noite morta!
E eu pendurei na galharia torta
Todos os meus brinquedos de criança...
Estrada afora após segui... Mas, ai,
Embora idade e senso eu aparente,
Não vos iluda o velho que aqui vai:
Eu quero os meus brinquedos novamente!
Sou um pobre menino... acreditai...
Que envelheceu, um dia, de repente!...
(Soneto VIII, de A Rua dos Cataventos)
***E aproveitando clima de melancolia natalino, vai um poema do Mário, aquele, o Quintana:
Recordo ainda... E nada mais importa...
Aqueles dias de luz tão mansa
Que me deixavam, sempre, de lembrança,
Algum brinquedo novo à minha porta...
Mas veio um vento de Desesperança
Soprando cinzas pela noite morta!
E eu pendurei na galharia torta
Todos os meus brinquedos de criança...
Estrada afora após segui... Mas, ai,
Embora idade e senso eu aparente,
Não vos iluda o velho que aqui vai:
Eu quero os meus brinquedos novamente!
Sou um pobre menino... acreditai...
Que envelheceu, um dia, de repente!...
(Soneto VIII, de A Rua dos Cataventos)
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