O hábito e a cultura dos bebedores de cerveja e do chope – que alguns dicionários definem como “cerveja fresca em barril” – é “classicamente” relacionado aos alemães (muitas vezes de forma estereotipada, é claro). Mas a origem remota da bebida, o seu “aperfeiçoamento” e mesmo a sua popularização têm tudo a ver com a África. Ou seja, os mestres primordiais do apreciado líquido derivado da fermentação do açúcar de cereais são, de fato, africanos, mais exatamente do norte do continente: os egípcios [ilustraçaõ ao lado].
Famosos pelos impressionantes saberes e domínios técnicos em praticamente todas as áreas do conhecimento humano – já há milênios –, o povo moreno do Egito foi o responsável pela fabricação cada vez mais refinada da cobiçada “loira”, hoje servida gelada (nem sempre, infelizmente...). Até mesmo os grandes bares, ao estilo das choperias ou cervejarias de agora, têm na “terra dos faraós” os seus primeiros registros – em torno de 1.500 a.C.
Digo isso para ilustrar como, ao longo da nossa história, existiu e continua existindo uma interação sociocultural intensa e muitas vezes insuspeitada ou encoberta. Podemos dizer, assim, que os purismos étnicos são muito mais uma ilusão – uma tentativa de “congelamento” artificial de algo que é essencialmente dinâmico, híbrido, mutante –; uma perspectiva limitadíssima, imbecilizante, não raro geradora de sectarismos, de sentimentos grupais discriminatórios, racistas, xenofóbicos.
Não é interessante, por exemplo, a gente pensar no quanto uma Oktoberfest – esta festividade quase carnavalesca associada a uma “Alemanha ancestral” e às “origens” de comunidades teuto-descendentes espalhados pelo mundo (inclusive Santa Cruz do Sul!) –, tendo no chope um dos seus símbolos principais, enfim, o quanto essa comemoração (ou seria “bebemoração”?) “deve” aos africanos – por terem sido eles os mais primordiais cervejeiros e bebedores habituais do alcoólico “suco de cevada” no mundo?
Pois vejam só! Até mesmo o Fritz e a Frida têm, no mínimo, um “pezinho” (ou será uma “mãozinha” – com um canecão de chope na mão?) na “Mama África” de todos nós!
Famosos pelos impressionantes saberes e domínios técnicos em praticamente todas as áreas do conhecimento humano – já há milênios –, o povo moreno do Egito foi o responsável pela fabricação cada vez mais refinada da cobiçada “loira”, hoje servida gelada (nem sempre, infelizmente...). Até mesmo os grandes bares, ao estilo das choperias ou cervejarias de agora, têm na “terra dos faraós” os seus primeiros registros – em torno de 1.500 a.C.
Digo isso para ilustrar como, ao longo da nossa história, existiu e continua existindo uma interação sociocultural intensa e muitas vezes insuspeitada ou encoberta. Podemos dizer, assim, que os purismos étnicos são muito mais uma ilusão – uma tentativa de “congelamento” artificial de algo que é essencialmente dinâmico, híbrido, mutante –; uma perspectiva limitadíssima, imbecilizante, não raro geradora de sectarismos, de sentimentos grupais discriminatórios, racistas, xenofóbicos.
Não é interessante, por exemplo, a gente pensar no quanto uma Oktoberfest – esta festividade quase carnavalesca associada a uma “Alemanha ancestral” e às “origens” de comunidades teuto-descendentes espalhados pelo mundo (inclusive Santa Cruz do Sul!) –, tendo no chope um dos seus símbolos principais, enfim, o quanto essa comemoração (ou seria “bebemoração”?) “deve” aos africanos – por terem sido eles os mais primordiais cervejeiros e bebedores habituais do alcoólico “suco de cevada” no mundo?
Pois vejam só! Até mesmo o Fritz e a Frida têm, no mínimo, um “pezinho” (ou será uma “mãozinha” – com um canecão de chope na mão?) na “Mama África” de todos nós!
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