17 de out. de 2008

REDUÇÕES JESUÍTICAS NO VALE DO RIO PARDO: Espanhóis são os primeiros europeus a ocuparem a região e cooptarem indígenas no século XVII




Seguem alguns textos trazendo dados e comentado a presença e fixação de missionários jesuítas espanhóis [ao lado, reprodução de alegoria] no Vale do Rio Pardo nos anos de 1600 – bem antes da chegada e instalação portuguesa e, ainda mais, do início dos assentamentos com colonos “alemães”. São informações que pouco são consideradas na historiografia regional, empobrecendo-a, na minha opinião.


Reduções jesuíticas no Vale do Rio Pardo

Há um bom tempo tenho lido diversos materiais sobre os povos indígenas e sua presença aqui no Vale do Rio Pardo. Vários pequenos artigos que escrevi para jornais locais são fruto dessas leituras e reflexões sobre essa temática, especialmente no contexto regional. Nos últimos dias, por conta de um estudo que estou alinhavando, acabei voltando minha atenção a algo pouquíssimo conhecido pela população em geral e mesmo entre os nossos professores de história. Trata-se das reduções jesuíticas localizadas ao longo do rio que dá nome a nossa região, ou seja, o Rio Pardo.

Sim! Foram três reduções, sendo a mais importante chamada Jesus Maria. Calcula-se que, pelo menos 1600 (mil e seiscentas) pessoas – índios guaranis ou guaranizados na maioria (pelas indicações), sob a coordenação de padres jesuítas espanhóis – viveram nesta redução, que fica em área onde hoje é o município de Candelária.

A fundação da Redução Jesus Maria é de 1634, ou seja, quase 50 anos antes do início dos famosos “Sete Povos das Missões” – e mais de 300 anos antes da introdução dos primeiros colonos alemães na Linha Santa Cruz. (Já os grupos de origem lusa se estabeleceram nas zonas de campo da região em meados do século XVIII.)

Entre as “curiosidades” dessas reduções, pode-se citar a introdução do gado na região (bovinos, suínos e ovinos) e a existência da forja de ferro. Por José Maria passava o que é chamado de “Linha dos Ervais Nativos”, que se estende desde o Paraguai até o Rio Grande do Sul.

O “descobridor” do local da Redução Jesus Maria foi o já falecido professor Hardy Martin, junto com uma equipe do Museu do Colégio Mauá. Isso em 1968. Até ali, tinham-se apenas notícias da existência das reduções vale-rio-pardenses por intermédio de relatos bibliográficos. Esse pessoal, que incluía o ainda ativo arqueólogo Pedro Mentz Ribeiro (fundador do Centro de Ensino e Pesquisa Arqueológicas da Unisc), pesquisou e acabou encontrando diversos resquícios da ocupação do território pela comunidades jesuítico-indígena – utensílios cerâmicos (vasilhames, cachimbos), de louça, ferramentas de pedra (machados, afiadores), de ferro (tenaz, tesoura, pregos), chumbo, objetos de cobre, vidro e até concha de mar (os índios provavelmente viajavam até o litoral por meio de canoas, partindo pelo Rio Pardo, passando pelo Jacuí, lago Guaíba etc., chegando assim ao Atlântico!), além de alterações nos terrenos que confirmam a existência de edificações no local (trincheiras ou muradas de proteção, por exemplo).

As reduções no Vale do Rio Pardo tiveram uma curta existência – três anos –, mas suficiente para demarcar uma presença histórica importante na região. O bandeirante Antônio Raposo Tavares, preador de escravos, venceu a resistência dos núcleos pela superioridade militar, fazendo-as desaparecer pela morte e dispersão da população. Alguns grupos sobreviventes se mantiveram circulando na região, outros, migraram em definitivo.

Parece-me espantoso que a existência dessas reduções não tenham até hoje ganho uma repercussão maior em nossa região. Até onde sei, estudos maiores não tiveram continuidade após a identificação do local pelos pesquisadores do Colégio Mauá – a não ser pelo já citado Mentz Ribeiro (em sua dissertação de mestrado ele aborda o assunto novamente). Quer dizer, temos aqui no Vale do Rio Pardo, na primeira metade do século XVII, três focos de ocupação do território por parte de comunidades indígeno-jesuíticas, que vêm a ser, através dos padres espanhóis, o primeiro estabelecimento de europeus na região (ressalto: antes dos portugueses e muitíssimo antes dos teutos!); que também vem a ser, sobretudo, um fenômeno de convívio entre brancos da Europa e nativos sul-americanos que tanto tem intrigado, por diversos motivos, estudiosos e leigos (caso dos “Sete Povos das Missões”). Entretanto, isso tudo parece soterrado – não só pelo solo e a vegetação, mas por um desinteresse com raízes no preconceito.


Vale do Rio Pardo e os Sete Povos das Missões: íntimas ligações

Dias atrás “topei” com algo que achei interessante dentro da minha busca por informações sobre a “proximidade” histórica e cultural do Vale do Rio Pardo com as Missões Jesuítico-Guaranis. Indicadores disso – e que já mencionei em outras ocasiões – são, por exemplo, a existência, por volta de 1630, de três reduções jesuíticas ao longo do rio que dá nome à nossa região (Rio Pardo), além da existência da Aldeia de São Nicolau, na cidade de Rio Pardo, cujos índios aldeados provinham da região missioneira (Obs.: eles extraiam erva-mate em terras que ficavam em pleno coração do que veio a ser, mais tarde, Santa Cruz do Sul, Monte Alverne; a área desses índios foi lhes retirada em 1859, ou seja, já passados 10 anos da introdução de colonos germânicos na região, numa “operação” ainda não esclarecida). Tais fatos são quase completamente ignorados por aqui, mesmo entre professores de história.

Outro fato que não se deve esquecer é o mencionado pelo historiador Dante de Laytano: até meados do século XIX, o guarani era um idioma tão comum quanto o português na cidade de Rio Pardo, núcleo urbano catalisador de vasta extensão geográfica, donde "A Capital do Fumo" (Santa Cruz) e "A Capital Nacional do Chimarrão" (Venâncio Aires), por exemplo, derivaram-se (tabaco e erva-mate são plantas desenvolvidas pelos indígenas!).

Mas voltando ao que “achei” dias atrás... É o seguinte: No livro Primeiros Cronistas do Rio Grande do Sul – 1605-1801, do historiador Guilhermino Cesar, cuja 3ª edição saiu em 1988 (a primeira edição é de 1969) pela Editora da Universidade (UFRGS), um dos textos se refere a um acontecimento festivo no município de Rio Pardo em 1794, cuja “notícia” foi publicado na Gazeta de Lisboa com o título "Festa grossa em Rio Pardo". A celebração, que durou cinco dias (!), foi patrocinada pelo tenente-coronel Patrício José Corrêa Câmara, por ocasião do nascimento da sua filha, que recebeu a poética alcunha de Sereníssima Princesa da Beira. O militar foi figura destacada no processo de incorporação dos Sete Povos das Missões ao Brasil em 1801.

Guilhermino Cesar anota assim em seu comentário inicial, antes de reproduzir a crônica (os grifos e as palavras entre colchetes são meus): “O núcleo urbano [de Rio Pardo], habitado de início por soldados, índios e aventureiros de todo matiz, cresceu ordenadamente desde a instalação de famílias açorianas no fértil vale do Jacuí. (...) Rio Pardo, de núcleo militar que era, se transforma então [após a “expulsão” dos jesuítas dos “pueblos das Missões do Uruguai”] no denominador comum da vida missioneira, atraindo assim para si a indiada vaga, os peões de estância, os contrabandistas de gado. E o vale do Jacuí [onde se destaca Rio Pardo e sua vasta região], poderoso fixador de gentes, aproximou ainda mais a cultura luso-brasileira e a cultura hispano-guarani (...).”

Quer dizer: antes – com as reduções jesuíticas que mencionei em 1634 – e depois, já em 1859, (e também “durante” o desenvolvimento da civilização missioneira!), no ocaso dos Sete Povos das Missões, há “ligações íntimas” com Vale do Rio Pardo...


Íntimas ligações II

Tenho falado das “íntimas ligações” entre o Vale do Rio Pardo e a região das Missões. Nos fragmentos abaixo, que retirei do livro Colonialismo e Missões Jesuíticas, do historiador Moacyr Flores, editado em 1983, isso fica ainda mais evidente. O próprio surgimento do núcleo militar, urbano, político e comercial de Rio Pardo está ligado diretamente à questão das povoações jesuítico-guaranis e seus domínios. Não foi uma “história de amores”, não! Pelo contrário: há, tragicamente, muito sangue e interesses político-econômicos por todos os lados.

E de novo tenho que dizer: nossa região – o Vale do Rio Pardo – tem uma história fantástica, muitas vezes solapada por uma visão reducionista, focada nos “brancos”, lusos e alemães, especialmente.

Segue os fragmentos com umas observações minhas entre colchetes:

“Preparando os meios para prosseguir com a demarcação dos limites estipulados pelo Tratado de Madrid [de 1750, no qual a Espanha cedia a região dos Sete Povos das Missões a Portugal em troca da Colônia do Santíssimo Sacramento], o general Gomes Freire de Andrada, ao chegar à vila de Rio Grande a 6.4.1752, determinou a construção de dois depósitos de víveres e munições, para apoio e abastecimento das tropas que dariam cobertura à expedição demarcadora de fronteiras. O furriel de dragões Francisco Manuel de Távora, chefiando alguns paulistas explorou o rio Ingayba, antigo nome do Jacuí, sugerindo a construção de um depósito na confluência do rio Pardo e outro a 15 léguas abaixo, numa forqueta do Taquari com o Jacuí, que mais tarde deu origem a Santo Amaro.”

“O engenheiro João Gomes de Melo demarcou as trincheiras do forte Jesus, Maria e José sobre uma colina que dominava a confluência do rio Pardo com o Jacuí, onde se arranchou o destacamento comandado pelo capitão Francisco Pinto Bandeira.”

“Quando os missionários descobriram que os portugueses construíram ranchos no rio Yobi (Pardo), perto das estâncias e ervais de S. Luis, S. Lourenço e S. João, reuniram 350 guerreiros e em 22.2.1754, atacaram e mataram 2 negros que estavam de sentinelas avançados, com mais 14 portugueses na linha de trincheira. [Ao final da “peleja”, com vários lances, pilhagem, decapitação etc., morreram 28 índios missioneiros.] (...) Procurando afastar a ameaça lusitana, os missioneiros reuniram 500 guerreiros e marcharam contra Rio Pardo, pela segunda vez, a 29.4.1754 [ou seja, dois meses após o primeiro ataque], que agora já estava com fosso e paliçada, inclusive o caminho do forte até o pequeno porto estava protegido por forte estacada.”
“Os índios, procurando surpreender a guarnição, cruzaram o rio mais acima, através de uma ponte madeira. Na saída do mato encontraram 5 negros que cuidavam da cavalhada portuguesa. Na rápida escaramuça morreram os negros e 3 índios, entre eles o tenente corregedor de S. Miguel [a denominação do cargo desse índio demonstra a organização militar e administrativa dos povos missioneiros da época]. (...) [Após tiros de escopetas e pequenos canhões, os índios mantiveram um cerco nas imediações do forte rio-pardense. Os portugueses içaram bandeira branca, anunciando o desejo de negociar o conflito.] Sepé Tiaraju, índio de S. Miguel (...), entrou no forte para parlamentar com o comandante (...). [Caíram numa cilada e, após tentativas frustradas de negociação, Sepé conseguiu fugir, mas 53 cativos indígenas foram enviados para a vila de Rio Grande por um barco através do Jacuí; houve um levante e entre afogados que se atiravam no caudaloso rio e os mortos pelos escoltadores no barco, sobram apenas 14 índios. Além de portugueses, no navio havia um paraguaio e 2 negros, o que demonstra a significativa presença de afro-descendentes no início da ocupação lusitana no território do Vale do Rio Pardo.]”

“Os jesuítas conheciam muito bem a geografia das cercanias da fortificação portuguesa [o forte Jesus, Maria e José], pois no documento que relata os acontecimentos deste segundo ataque, há uma descrição pormenorizada da região, mostrando que da confluência dos rios Jacuí e Pardo, podia-se atingir uma vasta área utilizando a rede hidrográfica (...).”


O PIONEIRISMO DA OCUPAÇÃO ESPANHOLA NO VALE DO RIO PARDO

“Descobri” uma revista que já vem lá dos anos 50 do século passado. Chama-se “Pesquisa”, editada pelo Instituto Anchietano de Pesquisas, de São Leopoldo. Há nas edições estudos antropológicos, históricos, arqueológicos, botânicos, paleotológicos etc. “Achei” a coleção nas estantes de periódicos da biblioteca da Unisc. Para quem se interessa por etno-história, em especial sobre os índios do Brasil meridional e de países adjacentes (Argentina, Uruguai e Paraguai, principalmente), é uma mina de ouro.

Duas revistas me interessaram demais, e estão me anunciando uma possibilidade de alargamento de conhecimentos sobre o passado da região de Santa Cruz.

Um dos assuntos, que vou comentar uma outra hora em mais detalhes, tem a ver com a palestra de um padre historiador, Arthur Rabuske, transcrita no nº 22 (série História, 1982). Intitulada "Jesuítas alemães em suas relações com o elemento negro em nosso passado gaúcho", faz uma referência – breve, mas que me despertou enorme curiosidade – envolvendo um antigo educador jesuíta do Colégio São Luís de Santa Cruz do Sul, o Ir. João Immler. Rabuske diz que "em plena Colônia Alemã", o Ir. Immler mereceu o "cognome de apóstolo dos negrinhos", visto a sua dedicação, em especial nos seus últimos 30 anos de vida, às aulas particulares e catequese de crianças negras na Santa Cruz, suponho, do começo do século XX – conforme apontam as referências ao Ir. Immler que encontrei no site do Colégio São Luís, onde diz, ainda, que o “dedicado religioso” foi "prefeito de disciplina" até 1913, mantendo uma "escola noturna para adultos" entre 1912 e 1927. Há aí, pois, dados apontando a presença nada desprezível de negros na virada do século em Santa Cruz, algo que é sistematicamente negado ou, ao menos, desprezado historicamente – dentro da estratégia estúpida de apresentar a história do município como algo feito unicamente pelos imigrantes alemães e seus descendentes.

Mas o que eu vou me referir aqui é sobre as REDUÇÕES JESUÍTICO-GUARANIS NO VALE DO RIO PARDO ou da PRIMEIRA OCUPAÇÃO EUROPÉIA NO VALE DO RIO PARDO ou, ainda, O PIONEIRISMO DA OCUPAÇÃO ESPANHOLA NO VALE DO RIO PARDO. As informações vêm da revista Pesquisas nº 47 (série Antropologia, 1992). Na edição está o trabalho intitulado “Lideranças Indígena no começo das reduções jesuíticas da Província do Paraguay”, de Ítala Irene Basile Becker, uma das mais produtivas e antigas pesquisadoras dos povos indígenas do sul do Brasil.

Só sistematizarei uns poucos dados que a Ítala apresenta sobre as três reduções que se localizaram no Vale do Rio Pardo. O trabalho dela é bem mais amplo e se concentra nas lideranças indígenas – os “caciques” – das Frentes Missionárias Jesuíticas, compostas de umas 60 reduções.

É possível obter muito mais informações sobre as três reduções vale-riopardenses. Mas isso depende de mais pesquisa. Já mencionei os trabalhos e textos acadêmicos do arqueólogo Pedro Mentz Ribeiro sobre o assunto. Mesmo assim, falta muito. Falta, principalmente, “notar” a fascinante epopéia desses espanhóis aqui no vale, onde não faltaram um trabalho descomunal de cooptação de milhares de indígenas e, da mesma forma, uma destruição sangrenta dessas obras. Não esqueçam que o bandeirante que a gente estudos lá no Estadual, o Raposo Tavares, passou por aqui – ao longo do rio que dá nome a região – com um exército de mais de 1.500 pessoas bem armadas para época.

Redução de San Joaquín

Fundação: 1633; Localização: nascentes do Rio Pardo (proximidades de Barros Cassal); Aspectos geográficos destacados: em meio a então chamada Serra do Botucaraí, em terreno escarpado; Fundador: Pe. Pedro Romero; Outros jesuítas: Francisco Jiménez (reitor interino), Juan Suárez (responsável pelo término da igreja)
Lideranças indígenas destacadas: Caruay, Aryá (ou Ariyan) e Itapay; Famílias reduzidas: 1.000; Produção rural destacada: milho, feijão (variedade especial) e trigo.

Redução de Jesús Maria

Fundação: 1633; Localização: margem direita do Rio Pardo, cerca de 20 a 25 quilômetros acima da foz do Rio Pardinho (no município de Candelária); Aspectos geográficos destacados: a redução mais avançada para leste fundada no atual território do Rio Grande do Sul; Fundador: Pe. Mola; Outros jesuítas: Cristóbal de Arenas e Cristóbal de Mendoza; Lideranças indígenas destacadas: Apecé, Antonio Carayuchuré, Ayerobiá, Chemombé, Tayubaí e Yaguacapurú; Famílias reduzidas: -; Produção rural destacada: gado.

Redução de San Cristóbal

Fundação: 1634; Localização: margem direita do Rio Pardo, abaixo de seu afluente Pardinho – a duas léguas da Redução de Jesús Maria (proximidades de Santa Cruz do Sul); Fundador: Pe. Agustín Contreras; Outros jesuítas: -; Lideranças indígenas destacadas: Antonio Carayuchuré e Yaguacapurú; Famílias reduzidas: 950 (pessoas); Produção rural destacada: -.

*Algo que Ítala Becker também se refere, e que poderia ser bastante “escandaloso”, justificando, até, a ojeriza e opressão imposta aos índios, é o fato dos guarani da região praticarem a antropofagia – de forma ritualística. Ou seja, comiam carne humana em determinadas circunstâncias especiais. As indicações são de que, na medida que suas organizações sociais tradicionais eram solapadas pela ocupação/imposição física e cultural européias, a tradicional antropofagia teve um recrudescimento: comia-se mais gente! Entre as hipóteses para isso está o aumento dos conflitos internos entre grupos guarani, uns cooptados pelos padres jesuítas, outros resistindo à “conversão”, gerando uma crise jamais vista entre os nativos.

Além da antropofagia ritualística, há a poligamia, organização familiar comum, em especial entre lideranças. Ao aumentarem as suas relações de parentesco, os “caciques” aumentavam também o seu poder de influência. A poligamia, assim, é revestida de um componente político de difícil compreensão à moralidade cristã dos padres, que investiram todo o seu fanatismo evangélico para convencer que a monogamia era algo ditado por “Deus”...

4 comentários:

edilson villagran disse...

Encontrei através de um amigo, no município de Dom Feliciano, nuns matos, enormes cercas de pedras,mangueiras de pedras, bretes, segundo ele dos tempo dos Jesuítas nesta região. Anda na busca de mais informações,data etc.
Edilson Villagran
E:mail: edilsonvillagran@hotmail.com

Adão Orion da Costa disse...

Amigo Iuri,vou me apresentar, sou Adão Orion da Costa, topógrafo aposentado e pesquisador por hobi.Tenho uma grande pesquisa, com diversos resultados positivos, justamente sobre o primeiro ciclo missioneiro, mas não encontro apoio de ninguém, estou com medo que meu trabalho seja todo perdido, tenho mapas antigos, manuscritos dos jesuítas, e já encontrei diversas reduções, através das fotos de satélites, estou anotando num caderno e pretendo criar um blog, por favor entre em contacto, pois a nossa preocupação é a mesma. Um abraço. adaoorion@gmail.com

Adão Orion da Costa disse...

Amigo Iuri,vou me apresentar, sou Adão Orion da Costa, topógrafo aposentado e pesquisador por hobi.Tenho uma grande pesquisa, com diversos resultados positivos, justamente sobre o primeiro ciclo missioneiro, mas não encontro apoio de ninguém, estou com medo que meu trabalho seja todo perdido, tenho mapas antigos, manuscritos dos jesuítas, e já encontrei diversas reduções, através das fotos de satélites, estou anotando num caderno e pretendo criar um blog, por favor entre em contacto, pois a nossa preocupação é a mesma. Um abraço. adaoorion@gmail.com

Natalia disse...

Obrigada pelo texto! Adorei!! estudando a primeira fase das missões e curiosa pra saber se tinha alguma aqui em Santa Cruz acabei chegando aqui! Gostei especialmente do trecho:
“O núcleo urbano [de Rio Pardo], habitado de início por soldados, índios e aventureiros de todo matiz, cresceu ordenadamente desde a instalação de famílias açorianas no fértil vale do Jacuí. (...) Rio Pardo, de núcleo militar que era, se transforma então [após a “expulsão” dos jesuítas dos “pueblos das Missões do Uruguai”] no denominador comum da vida missioneira, atraindo assim para si a indiada vaga, os peões de estância, os contrabandistas de gado. "
Desde que mudei aqui pra Santa Cruz sinto que aqui tem uma "vibe" militar e mafiosa, agora acho que encontrei a explicação, hahaha.. brincadeiras a parte, adorei a pesquisa.